Polícia Civil conclui inquérito sobre queda de avião em Boituva que deixou dois mortos em 2022

  • 13/09/2025
(Foto: Reprodução)
Imagens exclusivas do interior do avião em acidente aéreo que matou 2 em Boituva A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a queda de um avião usado para salto de paraquedistas em Boituva (SP), em 2022, que deixou duas pessoas mortas. O g1 teve acesso ao relatório final do inquérito, que indica falha no motor da aeronave e problemas de manutenção nos cintos de segurança. De acordo com o documento, o motor deixou de funcionar em pleno voo, sem que a fabricante identificasse defeitos de fabricação. A investigação aponta que, em tese, o mau funcionamento estaria ligado ao uso inadequado do manete de potência (EPL) pelo piloto. 📲 Participe do canal do g1 Itapetininga e Região no WhatsApp O relatório cita ainda que a manutenção dos cintos de segurança não foi eficaz para garantir a integridade do material. Muitos suportes apresentavam corrosão e se soltaram no impacto, o que contribuiu para a gravidade das lesões sofridas pelos paraquedistas. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já havia apontado que a utilização incorreta do EPL durante treinamentos de emergência poderia ter contribuído para a degradação do motor. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou, em nota, que o inquérito foi relatado pela Delegacia de Boituva e encaminhado à Justiça. Segundo a pasta, todos os laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML) foram analisados e as diligências determinadas pelo Ministério Público foram cumpridas. Procurado, o Ministério Público disse apenas que o caso segue em segredo de Justiça, sem informar prazos para eventual denúncia ou arquivamento. Para elaborar o relatório, técnicos do Cenipa utilizaram também imagens das câmeras dos capacetes dos paraquedistas, durante o acidente, que vitimou duas pessoas, em 11 de maio de 2022, em Boituva (SP) Reprodução/TV TEM Imagens de dentro do avião Imagens feitas no interior do avião revelam momentos de tensão e desespero. O acidente provocou a morte de duas pessoas, além de ferimentos em outras nove - sendo cinco delas com lesões graves. Assista ao vídeo acima. As imagens, obtidas com exclusividade pela TV TEM, foram gravadas pelas câmeras dos capacetes dos paraquedistas. Técnicos do Cenipa analisaram as gravações para montar o relatório sobre as prováveis causas do acidente. Eles também estiveram no local do acidente e analisaram a aeronave. LEIA TAMBÉM: 'PERDI TUDO': sobrevivente de acidente aéreo que matou dois paraquedistas em Boituva teve que largar a carreira devido a sequelas SAIBA O QUE INDICOU O RELATÓRIO: uso inadequado de alavanca de combustível causou morte de dois paraquedistas no interior de SP Queda de balão em SP: após acidente, Boituva adota sistema de bandeiras meteorológicas para liberação de voos No relatório, o Cenipa relaciona a pane do motor do avião ao uso incorreto da alavanca que controla o combustível e a potência da aeronave, chamada de EPL. No documento, o órgão aponta ainda que a falta de manutenção nos cintos de segurança contribuiu para as lesões nos passageiros. Um deles chegou a ser arremessado para fora após o avião fazer um pouso forçado e capotar no pasto. Paraquedistas no interior do avião que teve pane no motor e realizou pouso de emergência em pasto de Boituva (SP), em 2022, batendo e capotando: duas pessoas morreram no acidente Reprodução/TV TEM Posição de emergência No vídeo do interior do avião, é possível observar quando o piloto Lucas Marques anuncia para os paraquedistas assumirem posição de emergência durante o voo. Além dele, o Cessna 208 Caravan transportava 15 pessoas. Eles estavam a 350 metros de altitude. A aeronave tinha decolado do Centro Nacional de Paraquedismo (CNP), em Boituva, na manhã de 11 de maio daquele ano. Durante o voo, o motor apresentou problemas, perdendo potência e altitude. A câmera de um paraquedista chegou a flagrar o momento em que chamas saem pelo escapamento do motor. No destaque, chamas saem do motor do avião, em imagem registrada por câmera de paraquedista, em acidente aéreo que matou duas pessoas, em Boituva (SP), em 2022 Reprodução/TV TEM Como não havia possibilidade de retornar ao aeródromo, o piloto decidiu fazer um pouso de emergência na área de pasto. O vídeo registra o momento em que ele avisa os paraquedistas para se prepararem para o impacto. Quando o avião toca o solo, alguns dos passageiros chegam a demonstrar alívio. "Deu bom, deu bom", comemora um deles. Com base nas imagens e na dinâmica do acidente, os peritos do Cenipa estimaram que o Cessa tocou o solo a uma velocidade de 102 km/h. Eles calcularam que a aeronave percorreu 200 metros em sete segundos, atravessando o pasto e batendo contra uma cerca de arame e um barranco, à margem de uma estrada de terra. Avião com paraqueditas capotou ao fazer pouso de emergência após pane no motor, em Boituva (SP), em 11 de maio de 2022: duas pessoas morreram na ocasião Polícia Militar/Divulgação Foi neste momento que o avião capotou, terminando com o trem de pouso para cima. Nas imagens do interior da cabine, os paraquedistas aparecem de cabeça para baixo, gemendo e gritando por socorro. Mais impressionante é a sequência que mostra uma paraquedista sendo arremessada para fora do avião quando ele bateu no barranco. A imagem dá várias voltas até ela terminar caída no pasto. Vítimas Na queda da aeronave, dois paraquedistas morreram: André Luiz Warwar, de 53 anos, e Wilson José Romão Júnior, de 38 anos. Outras cinco pessoas ficaram com lesões graves, entre elas o piloto Lucas Marques. Quatro tiveram ferimentos leves. E cinco não se machucaram. André Luiz Warwar, de 53 anos, e Wilson José Romão Júnior, de 38, morreram na queda de avião com paraquedistas, em 11 de maio de 2022, em Boituva (SP) Arquivo pessoal Com base no relatório do Cenipa, o perito Robeto Peterka, especialista em segurança área, afirmou à TV TEM que a pane no motor pode ter sido causada pelo uso deficiente do dispositivo que controla a quantidade de combustível no motor, resultando em uma potência excessiva. O Cenipa verificou que o dispositivo EPL ainda era utilizado frequentemente em treinamentos pela empresa proprietária da aerovane, em desacordo com a orientação do fabricante, que prevê a utilização apenas em situações de emergência. Ainda no relatório, o Cenipa apontou que os suportes dos cintos de segurança estavam corroídos, o que contribuiu para que se soltassem durante o impacto do avião com o barranco. A empresa Sky Dive For Fun, que era dona do avião, informou que o inquérito está sob segredo de Justiça em obediência à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e que, por isso, não pode comentar o caso. Veja mais notícias no g1 Itapetininga e Região VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/itapetininga-regiao/noticia/2025/09/13/policia-civil-conclui-inquerito-sobre-queda-de-aviao-em-boituva-que-deixou-dois-mortos-em-2022.ghtml


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